quinta-feira, 19 de março de 2009

Competitividade Empresarial no Século XXI

As transformações que o mundo sofre permanentemente, e mais rapidamente nos últimos anos, exigem do empresário um novo perfil para manter sua empresa competitiva no mercado. São mudanças tecnológicas, sociais, culturais, econômicas, dentre outras, que requerem constante monitoramento e adaptação às novas realidades, que transcendem as portas da própria empresa. Naturalmente, é importante que a empresa seja rentável, oferte produtos ou serviços de qualidade, busque ser cada vez mais produtiva, aproveitando melhor os seus recursos, evitando desperdícios, atrasos e re-trabalhos. No entanto, ser competitivo hoje vai muito além deste ponto de vista tão pouco sistêmico.
A questão da competitividade é considerada muito mais abrangente. É preciso que a cadeia produtiva e o ambiente em que a empresa está inserida atuem de forma integrada e harmônica, para que o conjunto como um todo seja competitivo. Aspectos ligados à qualidade da infra-estrutura (estradas, portos, aeroportos, energia, telecomunicações), à legislação, à tributação, ou às relações trabalhistas, por exemplo, que podem afetar toda uma região ou um país, vêm sendo abordados e tratados de forma colegiada. Conjugando-se esforços de fornecedores, clientes, terceirizados e concorrentes na busca de soluções é possível concretizar ações que levem ao benefício mútuo e à eficiência coletiva.
Além disto, em muitos casos, a formação de alianças com empresas concorrentes – antigamente consideradas inconcebíveis – seja para a realização de compras conjuntas, compartilhamento de recursos, obtenção de crédito, ou condução de ações que individualmente seriam praticamente impossíveis, hoje são viáveis. Da mesma forma, a implementação conjunta de um centro de pesquisas, elaboração de diagnósticos ou pesquisas setoriais, por exemplo, são práticas que têm elevado a competitividade das empresas.
Além dos desafios que todo ser humano enfrenta no dia-a-dia para manter-se em forma e saudável, com tempo para a família e os amigos, estar atualizado e satisfeito com as suas conquistas e a própria evolução, o empresário do século XXI precisa também focar em habilidades que o ajudem a entender e a administrar sua empresa de forma mais ampla. Para tanto, deve considerar outras partes interessadas e o contexto no qual ela está inserida. Esse novo comportamento pressupõe, acima de tudo, um ser humano consciente de si mesmo, de seus desejos e necessidades, de suas virtudes e vulnerabilidades, de seus recursos e aliados. Precisa também, saber se relacionar com outras pessoas de forma construtiva e assertiva, e entender que as pessoas têm crenças, valores e necessidades diferentes das suas, mas que apesar disto, todos podem realizar ações conjuntas nas quais todos ganham.
Trata-se do perfil de um ser humano integral, apto para fluir com as constantes mudanças, com uma postura positiva e uma visão ampliada. Um ser que aprende a extrair o melhor da vida e dos seres com quem se relaciona, com um comportamento que o torna mais competitivo tanto em nível pessoal como empresarial.

Francisco Teixeira Neto - Coordenador do Programa de Competitividade

Nenhum comentário:

Postar um comentário