quarta-feira, 4 de março de 2009

O papel da informação no processo de capacitação tecnológica das micro e pequenas empresas

INFORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA

Segundo palavras do Papa João Paulo II, "a riqueza das nações funda-se muito mais sobre a propriedade do conhecimento, da técnica e do saber, do que sobre a propriedade dos recursos naturais".

Esta máxima da relevância da tecnologia, em especial como fator alavancador da competitividade e elemento diferenciador que garanta a sobrevivência de empresas e organizações, tem levado a sociedade a desenvolver grandes esforços de capacitação tecnológica.

Entendendo tecnologia como o conjunto de conhecimentos necessários para se conceber, produzir e distribuir produtos e serviços de forma competitiva, o processo de capacitação tecnológica precisa ser compreendido como algo dinâmico e inserido nas estratégias empresariais, que envolvem especificamente a decisão de adaptar ou adquirir tecnologia (via desenvolvimento e/ou compra) para atender à determinada necessidade de uma clientela.

No processo de capacitação tecnológica, é fundamental que se adote uma abordagem sistêmica, baseada na identificação das necessidades do ambiente empresarial de atender às expectativas dos consumidores e clientes de forma rápida e diversificada, como estratégia para manter a competitividade das empresas.

Produtos e serviços competitivos significam empresa competitiva

A estratégia de uma empresa está diretamente ligada aos objetivos de sua missão e ao seu negócio. A empresa avalia oportunidades e ameaças no seu ambiente de atuação, definindo seus desafios e caminhos a seguir, a partir de seus pontos fortes e fracos. Ao explicitar sua estratégia, a empresa deverá levar em consideração:

• as sinalizações de mercado (considerando os aspectos de produtividade, qualidade, preço, diversidade de produtos e serviços, concorrente, flexibilidade, tempo apropriado e marketing);

• as políticas públicas que afetam o seu dia-a-dia;

• os antecedentes de atuação da empresa nas áreas produtiva e tecnológica;

• a estratégia adotada por outras empresas (benchmarking);

• as externalidades.

Começa a surgir o papel relevante do acesso à informação, pois o acesso às informações anteriormente explicitadas passam a ter papel estratégico na definição dos nortes das empresas.

Quando enfocamos a gestão da atividade produtiva propriamente dita, que envolve as ações de produção e de desenvolvimento tecnológico, tornam-se mais explícitas a relevância e a necessidade de se ter informação.

Focando a ação tecnológica, quando a interface de capacitação se torna mais forte e onde se tem a tarefa de escolher o produto/processo mais adequado, as etapas de projetar, testar e planejar a produção, bem como seus mecanismos de controle, envolvem um nível de especialização e especificidade de busca de informação, que passa a conformar nichos de conhecimento.

Assim sendo, algumas funções se tornam básicas e comuns nas demandas empresariais:

- execução de estudos e sondagens de novas tecnologias (disponíveis ou em desenvolvimento);

- avaliação das tecnologias relevantes à linha de negócio da empresa;

- aquisição de tecnologias a serem utilizadas, entendida de forma ampla (desenvolvimento próprio, ou em parceria e compra de terceiros);

- assimilação dessas tecnologias ao processo produtivo da empresa, incorporando-se como parte de sua competência básica;

- coordenação e gestão da rotina tecnológica da empresa (zelando pelos aspectos de integridade da tecnologia - formação da competência essencial, planejamento do uso futuro desta competência e acompanhamento dos avanços/desdobramentos futuros da tecnologia em questão -, definição clara do uso e emprego da tecnologia e os desempenhos econômico, técnico e comercial).

A formulação da estratégia tecnológica (ofensiva, defensiva, imitativa, dependente, tradicional ou oportunista) incluirá um confronto e análise entre oportunidades/desafios diante da empresa e de suas reais e atuais possibilidades no campo da tecnologia.

Assim, é necessário ressaltar a importância do estabelecimento de mecanismos de contato com o mundo externo à empresa, sejam eles em nível empresarial, como associações representativas de setores produtivos, ou nos âmbitos nacional e internacional. A existência destes canais de contato é fundamental para o sucesso tecnológico e comercial dos negócios.

E aí surge a relevância das fontes de informação, que, no caso das empresas de pequeno porte, caracterizam-se como um grande gargalo.

Peter Drucker identifica sete fontes básicas de oportunidades e desafios, que devem ser monitoradas sempre pela empresa:

1) as necessidades de mercado não atendidas;

2) as necessidades dos processos desenvolvidos;

3) as mudanças na estrutura do setor produtivo e/ou do mercado;

4) as mudanças demográficas;

5) as mudanças em percepção, disposição e significado por parte da clientela;

6) os conhecimentos inovadores;

7) o inesperado.

São estas fontes que permitirão atuar na identificação de oportunidades para desenvolver as inovações e caracterizar o diferencial de sucesso empresarial.

O potencial tecnológico da empresa, obtido muitas vezes pela prática de técnicas de auditoria tecnológica, deve ser explicitado por meio de fatores como:

• sensibilização da empresa para a tecnologia;

• sintonia e harmonização entre a estratégia tecnológica e a da empresa;

• capacitação tecnológica em relação aos concorrentes;

• integração entre P&D e as demais áreas da empresa;

• adequação da estrutura de PD&E (pesquisa, desenvolvimento e engenharia);

• adequação das técnicas de gestão de tecnologia.

O potencial tecnológico da organização permitirá aos recursos humanos das empresas conseguir as seguintes respostas, que sintetizam a capacidade instalada e/ou a competência disponível:

1. quais tecnologias são mais promissoras e como incorporá-las aos produtos, processos e serviços da empresa;

2. quais os níveis de competência (conhecimento) necessários;

3. quais são as fontes desta tecnologia (interna e externa) e como obtê-las;

4. quanto investir em tecnologia, em especial em PD&E;

5. qual o objetivo dentro do processo de inovação(liderar ou seguir);

6. qual a política e a organização para fazer o PD&E.

Neste ponto, têm-se as respostas básicas de quem e como viabilizar um processo de inovação, capacitação e desenvolvimento tecnológico.

As formas de gestão desta etapa são centradas na utilização de sistemas especializados de informação. E não podem ser de forma diferente, diante das velocidades que se tornam necessárias para as respostas, bem como pela diversidade e multiplicidade de fontes de informação existentes.

Pois é neste momento que as empresas precisam perceber os mecanismos pelos quais a tecnologia é processada, de maneira que ela seja incorporada em sua cadeia produtiva, agregando valor.

A informação, aqui utilizada e analisada, é aquela informação de componente econômico, social e técnico.

A etapa de identificação das tecnologias é uma fase das quais se tem mais estudos a respeito, e Sahal, na Teoria Geral da Evolução dos Artefatos, apresenta cinco princípios como forma de analisar a incorporação de tecnologia nas inovações, de forma global, a saber:

• marcos tecnológicos (desenvolvimentos passados influenciando os novos avanços);

• experiência acumulada (seja por empresas ou pessoas);

• simbiose criativa (duas ou mais tecnologias podendo se fundir de maneira a colaborar no processo de superar os limites ao desenvolvimento de solução de problemas);

• especialização pela escala;

• insularidade tecnológica (obstáculos à transferência de tecnologia entre empresas).

A informação de mercado (informação econômica e social) é a que precisa ser a mais trabalhada, pois ela é relevante para o sucesso das empresas, por ser a responsável pelo êxito de produtos e serviços no mercado.

A estratégia do uso de gestão de sistemas de informação é uma resposta à busca de se minimizar o grau de incerteza e risco no ambiente empresarial. E muito se tem evoluído nesta área, a partir dos avanços em tecnologia de informação.

Após a fase de identificação (o quê?, por quê?, com quem? e como?), iniciamos o momento da geração da inovação e do desenvolvimento tecnológico propriamente dito, que passa pelas etapas de concepção do novo bem ou serviço e pelos desenvolvimentos que se fazem necessários. É a fase conhecida como PD&E.

Nesta etapa, tem-se evoluído bastante quanto à oferta de informações, em especial a originada nos fornecedores e provenientes da participação de empresas em missões técnicas e feiras.

Tais etapas têm evoluído bastante, em especial pelo uso intensivo e crescente das ferramentas de tecnologia da informação, assim permitindo otimizar a busca de soluções (usando, por exemplo, técnicas de simulação, CAD etc.) e significando redução de tempo de execução.


O MUNDO DA PEQUENA EMPRESA

O mundo atual vem assistindo ao desenvolvimento de movimentos e situações em que o ambiente no qual atuam as empresas apresenta-se de forma cada vez mais dinâmico e turbulento, em especial no que tange aos aspectos de mercado, de tecnologias, meio ambiente, transformações políticas, econômicas, culturais e sociais.

Este é o novo contexto de competição das empresas, que tentam, em primeiro lugar, buscar a sobrevivência.

E sobrevivência das empresas significa cada vez mais aprender a aprender, através de atividades de captação, assimilação e utilização do aprendizado, de forma permanente. Virou uma obsessão!

Precisamos ter uma empresa inteligente, ágil e flexível, atuando como um organismo vivo e pró-ativo.

É neste panorama que surge a oportunidade para a pequena empresa, pois, apesar de ser mais frágil, a empresa de pequeno porte conta com a vantagem de ter a capacidade de reagir mais rapidamente neste novo contexto de mudanças constantes, onde o fazer é sinônimo de aprender.

Caracterização da pequena empresa no Brasil

No Brasil, a classificação do porte das empresas segue a caracterização pelo número de colaboradores permanentes, com alguns ainda incorporando o fator nível de faturamento.

As empresas de pequeno porte no Brasil são responsáveis por:

• cerca de 4 milhões de empresas constituídas;

• 60% da oferta total de empregos formais;

• 42% dos salários pagos;

• 21% da participação no PIB;

• 96,3% do número de estabelecimentos.

Diferentemente do papel desenvolvido pelas empresas de pequeno porte no modelo anterior de substituição de importações, no modelo em que se busca competitividade, as pequenas empresas passam a ser elos importantes das cadeias produtivas que buscam a competitividade empresarial brasileira.

Competitividade é o desafio, na década de 90, para as empresas de pequeno porte.

Podemos mesmo afirmar que a competitividade das pequenas empresas brasileiras é essencial ao desenvolvimento do país.

E as empresas de pequeno porte passam a ter presença marcante em diferentes cadeias produtivas, na forma de fornecedores terceirizados e quarteirizados de grandes empreendimentos produtores de bens intermediários e finais, além de atuar como fornecedores de pequenos lotes em nichos de mercado ou em mercados especializados.

A pequena empresa passa a ser vista como um parceiro eficiente e eficaz no processo produtivo, a partir de suas características básicas.

De forma a termos uma visão da especificidade da pequena empresa quanto à capacitação tecnológica, apresentamos, a seguir, um quadro-síntese adaptado de Rothwell.

O quadro em foco ressalta que as principais fontes de competitividade das empresas de pequeno porte são a sua capacidade de desenvolver produtos e serviços, sua forma ágil e flexível, bem como a qualidade disponibilizada para a clientela, considerando os aspectos de custo/benefício.

Daí se destacar a relevância da inovação e capacitação tecnológica para a sobrevivência das empresas de pequeno porte.

Além disso, pode-se afirmar que a geração de novas oportunidades de trabalho será extremamente sensível à tecnologia, que reformula os padrões de alocação de recursos de capital e trabalho para a produção de bens e serviços.


A PEQUENA EMPRESA E A TECNOLOGIA

A vocação natural da pequena empresa é aplicar tecnologias existentes de forma original em novos produtos e serviços.

Isto decorre de a atitude da empresa de pequeno porte ter baixa atuação em PD&E, que, neste caso, é fruto direto de problemas de escala e de sua capacidade de investimento.

Recente pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria, a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia, concluiu que a maioria das micro e pequenas empresas brasileiras está na contramão da economia mundial no que diz respeito à inovação tecnológica.

Só 6% das micro e 14% das pequenas empresas investem mais de 5% do seu faturamento em inovação, atividade vital para a manutenção da competitividade.

No caso brasileiro, está aumentando o fosso tecnológico entre as empresas de pequeno porte e as grandes, criando dificuldades futuras, inclusive no que tange à incapacidade de atendimento das demandas de grandes empresas como fornecedores.

Em outra pesquisa feita pela Coppe/UFRJ junto a pequenas empresas de incubadoras de base tecnológica, identificaram-se as seguintes dificuldades:

• fraca demanda das empresas em serviços tecnológicos;

• dificuldade de encontrar parceiros no processo de produção;

• dificuldade de conseguir fornecedores confiáveis;

• dificuldade de financiamento da produção (capital de giro);

• acesso limitado a financiamento público para iniciar produção;

• inexperiência em termos de comercialização;

• identificação limitada de potenciais usuários e compradores;

• invisibilidade da empresa no mercado;

• mercado de difícil identificação;

• falta de experiência gerencial.

Entretanto, estudos feitos no âmbito da América Latina ressaltam que a capacidade de se anteciparem as necessidades do ambiente onde está inserida é talvez a principal vantagem da empresa de pequeno porte neste cenário sombrio. Isso, porque, ao identificar oportunidades, as empresas concentram seus recursos e alcançam com rapidez o mercado, utilizando-se das suas características de velocidade, dedicação e espírito empreendedor.

A seguir, são apresentados resultados de uma pesquisa realizada na Venezuela, onde foram identificados aspectos relevantes do porquê de as empresas de pequeno porte inovarem e investirem em tecnologia. Estes resultados, com certeza, podem ser estendidos à realidade brasileira.

1) Fatores mais importantes que levam as pequenas empresas a se motivarem para a tecnologia:

• ter liderança de mercado;

• melhorar a qualidade de seus produtos/serviços;

• criatividade dos empresários;

• explorar nichos de mercado;

• exportar;

• trabalhar em equipe.

2) Fontes internas à empresa de conhecimento:

• seus recursos humanos;

• serviços de informação;

• experiência da empresa e de seus recursos humanos;

• P&D.

3) Fontes externas à empresa:

• mercado;

• clientes;

• fornecedores.

4) Influência do entorno competitivo no processo de capacitação tecnológica:

• oportunidade de mercado;

• possibilidade de alianças estratégicas.

5) Obstáculos ao esforço de capacitação tecnológica:

a) Internos à empresa:

• carência nas técnicas de mercado;

• pouca capacidade financeira;

• falta de estudos de mercado;

• falta de liderança;

• capacidade produtiva limitada e, às vezes, de difícil desmobilização/modificação.

b) Externos à empresa:

• sofisticação da demanda;

• falta de informação de mercado;

• pouca aceitação do produto no mercado;

• necessidade de alta competência;

• preço do produto;

• falta de informação tecnológica.

6) Estratégias empresariais adotadas pelas empresas de pequeno porte:

a) Estratégia competitiva:

• desenvolvimento de novos produtos e mercados;

• desenvolvimento de nichos de mercado;

• competência em custos;

• integração horizontal;

• agressividade,independência e risco.

b) Estratégia tecnológica:

• adaptação de tecnologias;

• compra de tecnologia.


INFORMAÇÃO E A CAPACITAÇÃO EMPRESARIAL NO MUNDO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS

Na escala de agregação do conhecimento a bens e serviços, o primeiro estágio é o de identificar, coletar, organizar e tratar dados, transformando-os em informação.

Muito se tem evoluído neste âmbito, em especial dentro das esferas internas dos serviços de informação.

Poderíamos dizer que se atua no foco da oferta da informação.

O grande desafio é disponibilizar a informação para o usuário de forma adequada, para que venha subsidiar um processo de tomada de decisão que se transforme em benefício para a sociedade.

Transformar informação em conhecimento que se converta em bem econômico e social é o desafio.

E este desafio só pode ser superado pela integração oferta/demanda.

Potencializar oportunidades, a partir da utilização de capacidades disponíveis e acessíveis, torna-se o grande negócio de quem atua em prestação de serviços de informação.

Alavancar negócios, por meio do acesso adequado e antecipado às oportunidades, é a forma de colaborar para a sobrevivência e o desenvolvimento empresarial.

Os trabalhos desenvolvidos em prospecção e em gestão estratégica do conhecimento precisam ser ampliados e mais disseminados, inclusive no que tange à formação de massa crítica.


POR QUE A PEQUENA EMPRESA TEM DE SE CAPACITAR TECNOLOGICAMENTE

A título de ilustração, apresentaremos a listagem dos problemas mais comuns da empresa de pequeno porte que a levam a buscar ação de capacitação e inovação tecnológica:

• dificuldade de acesso à tecnologia;

• prática de técnicas de produção rudimentares;

• uso de mão-de-obra pouco qualificada;

• falta de aplicação de métodos de trabalho;

• subaproveitamento de seus equipamentos-ociosidade;

• prática de processo produtivo pela forma empírica;

• desperdício de matéria-prima;

• elevados índices de retrabalho;

• aumento do custo de fabricação;

• clientela insatisfeita;

• crescimento estagnado;

• falta de visão com relação às possibilidades de investimento para a melhoria de produtividade.

Vê-se que a problemática das empresas de pequeno porte está sendo colocada timidamente no campo dos estudos de gestão da inovação e de estratégia tecnológica.

A ênfase dada, tradicionalmente, a algumas características das empresas de pequeno porte rotulou-as como receptoras passivas e episódicas de tecnologia.

Emerge, a partir da década de 80, um interesse no sentido de incorporar as empresas de pequeno porte como atores dinâmicos no processo de inovação tecnológica.

Tal fato se deve ao esgotamento do modelo de produção fordista, segundo o qual o crescimento econômico estava baseado em grandes empresas, intensivas em capital, com significativas economias de escala, forte capacidade interna de P&D e situação predominante de oligopólios de mercado.

Assim, o papel econômico das empresas de pequeno porte passou a ser reavaliado em função de suas características básicas, já exploradas neste trabalho.

Quando o que vale é o human capital, a empresa de pequeno porte floresce.

Hoje, as empresas de pequeno porte são vistas como agentes de difusão das novas tecnologias e das inovações, sendo que elas têm necessidade de ser apoiadas por medidas adequadas, para fortalecer e ampliar a sua capacitação tecnológica e seu potencial inovador.

Timidamente, nas últimas duas décadas, surgiram instrumentos de apoio à capacitação tecnológica das empresas de pequeno porte no Brasil.

O que se percebe é a existência de demanda concreta e crescente para instrumentos de apoio à capacitação tecnológica da pequena empresa

No que tange ao apoio à inovação e capacitação tecnológica, os instrumentos hoje operados pelo Sebrae, Finep e Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa apresentam resultados ainda insatisfatórios, apesar de exitosos.


UM CAMINHO A PERSEGUIR E CONQUISTAR

Entendemos que o apoio, como forma de alavancar e dar start ao processo de capacitação e inovação tecnológica na empresa de pequeno porte, deve ser desenvolvido prioritariamente e em linhas gerais, com as seguintes ações:

1. Difusão de informações de interesse empresarial

Facilitar o acesso da pequena empresa às informações de oportunidades de negócio, fornecedores (matérias-primas, equipamentos, tecnologia, serviços tecnológicos etc), fontes de tecnologia, mercado, comércio internacional, especificações de mercado comprador, legislação etc.

Neste aspecto, é fundamental o processo de democratização do acesso à informação, incluindo os pontos referentes à adequação de linguagem ao público-alvo e aos modos de comunicação.

Devem ser disponibilizados mecanismos de baixo custo que atendam às necessidades de informação deste porte de empresa, preferencialmente de foco setorial.

Para tanto, é fundamental ampliar as redes que hoje prestam estes serviços, em especial dentro do foco especializado, corrigindo e buscando-se melhor equilíbrio na sua distribuição espacial.

Outro aspecto que deve ser trabalhado é o da publicidade destes serviços, pois, apesar da unanimidade de sua relevância, continuam desconhecidos para grande parcelas de suas clientelas.

2. Apoio a estudos de viabilidade de disponibilizar produtos/serviços diante das oportunidades sinalizadas pelo mercado

Financiar estudos de mercado, econômicos, de prospecção tecnológica e mercadológia, bem como a participação em feiras e eventos (missões técnicas).

Viabilizar o acesso a sistemas de informação estratégica, nas áreas de tecnologia e de mercado.

Desta forma, estaremos dando tratamento igualitário às empresas de pequeno porte ao tratar as oportunidades, como oportunidades.

Ações de pré-investimento, nos moldes preconizados nos apoios do Projeto Alfa e do programa da Fapesp, devem ser incrementados.

As empresas de pequeno porte que têm como principais características o papel de geração de novos postos de trabalho, de difundir, de forma mais democrática, os avanços tecnológicos e de contribuir efetivamente para o bem-estar social e econômico, estimulando o empreendedorismo, precisam de apoio de conteúdo, e não de ação paternalista.

Assim, deve ser estimulado o papel de inovar e criar da pequena empresa, em qualquer tipologia de inovação e capacitação tecnológica, via o processo de democratizar o acesso à informação de interesse empresarial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário