quinta-feira, 21 de maio de 2009

Custo Brasil afeta competitividade de exportadoras

Manter-se competitivo é requisito básico para quem deseja sobreviver no mercado e, principalmente, às empresas que exportam, que precisam concorrer com marcas européias, americanas, chinesas e demais asiáticas. A terceira edição da pesquisa da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), realizada com pequenas e médias indústrias do setor eletroeletrônico, com até 500 funcionários, e distribuídas por todo o país, revelou que 60% das empresas brasileiras, embora estejam dispostas a exportar, não são competitivas no mercado externo, informou o site InfoMoney.
Elas apontaram que os problemas para se tornarem competitivas, em grande parte, decorrem de deficiências estruturais do País, o chamado "Custo Brasil". E a valorização do real frente ao dólar só piorou a situação, uma vez que facilitou a entrada de importados no Brasil, acirrando a competitividade não só no mercado externo como também no interno.

Atualmente, as exportações correspondem, em média, a apenas 10% do faturamento das empresas. No entanto, a pesquisa mostra interesse das pequenas e médias indústrias pelo mercado internacional, apesar dos entraves que se apresentam.

Em 2007, 66% das organizações revelaram que exportam o montante equivalente a 8% do faturamento. Já para este ano, 72% pretendem exportar 8,7% do total dos seus negócios, de acordo com a Abinee.

Quanto à periodicidade das exportações, 55% indicaram que realizam constantemente e 45% que se trata de uma estratégia comercial esporádica, que ocorre, em média, cinco vezes ao ano. Das empresas que não exportam, 86% informaram que pretendem exportar. Destas, 59% já tiveram alguma experiência com exportações.

Por fim, a pesquisa identificou as dificuldades encontradas no processo de exportação, entre as quais, se destacaram prospecção do mercado internacional, obtenção de certificações para a permissão de comercialização no País de destino, divulgação da marca no exterior, concorrência com os países asiáticos e valorização cambial.

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