terça-feira, 12 de maio de 2009

Eficácia e Competitividade Empresarial

Carlos Alberto C. Salles Jr., coordenador acadêmico do MBA em Gerência de Projetos do ISAE/FGV

O que leva uma empresa a ter sucesso no ambiente competitivo? O que a torna eficaz ou conquistadora de mercados e lucros? O que as leva ao sucesso? Estas não são perguntas fáceis de serem respondidas. Empresas de todo o mundo buscam este caminho do sucesso. Algumas poucas conseguem encontrá-lo, e passam a ter domínio e poder influenciar o seu futuro. A maioria, não! Ficam ao sabor das “correntezas” do mercado, sem domínio sobre o seu futuro.

Mas existe um caminho! A exemplo de um barco a vela, para ser eficaz, é preciso aproveitar a força do vento, e para isto é fundamental identificar sua intensidade e direção. Sabemos aonde queremos chegar, temos uma direção final desejada, mas não seguimos em linha reta, se este não for o caminho mais eficaz. Adaptamos nossa direção e ações ao vento, de forma a otimizarmos a eficiência do caminho.

Assim são as empresas com relação ao seu ambiente externo – é fator crítico de sucesso conhece-lo, entender suas forças e direções, de forma a adequarmos nossas ações e competências internas a este ambiente. Este é o passo inicial de um processo de planejamento estratégico. A partir daí, definimos o que queremos fazer internamente para nos adequarmos ao ambiente externo – ações, competências necessárias, organização. Neste nível estratégico, os executivos das organizações ditam as direções, definindo o que deve ser feito. Estas diretrizes estratégicas são de 2 tipos básicos:

1. Diretrizes Operacionais: quanto queremos de market-share, cotas de vendas, orçamento operacional, etc. Estas diretrizes são encaminhadas para os departamentos.
2. Diretrizes de Desenvolvimento: definição do “novo”. O que fazemos para mudar, crescer, ganhar participação de mercado, aumentar os lucros, etc..

Mas os resultados ainda não se materializam nesta etapa de definição do o que. É fundamental a existência de um processo estruturado e competências, para a partir da definição do o que deve ser feito, planejar-se corretamente o como fazer e ter a capacidade de implementação, atingindo os objetivos propostos, dentro do tempo especificado e dentro do orçamento disponível.

Quanto mais instável ou competitivo for o setor, maior a necessidade de busca de eficiência e eficácia, maior a necessidade do “novo” nas organizações, e conseqüentemente, maior a necessidade de processos e capacidades que garantam a correta implementabilidade. Isto pode ser facilmente demonstrado a partir do enorme interesse e demanda por um novo perfil de profissional, que reúna o conjunto de capacidades que permita às organizações ter o domínio sobre o processo de mudanças.

Este processo deve obrigatoriamente ser feito através de Projetos, pois esta é a única forma de se lidar com o “novo”, e conseqüentemente, é fundamental a existência de profissionais capacitados a cuidar deste processo. E este profissional é o Gerente de Projetos, o único que reúne o conjunto de capacidades para:
1. Entender o o que definido pelo nível executivo, e ter conhecimentos que o tornem capaz de auxiliar o nível executivo para esta definição;
2. Ser capaz de planejar o como que seja eficaz, e
3. Ser capaz de conduzir o projeto, garantindo sua bem sucedida implementabilidade.

Para tal, competências estratégicas, gerenciais e técnicas de projetos são fundamentais, de forma a viabilizar o processo de implementação. E somente a partir da implementação bem sucedida do que foi definido no nível estratégico é que os resultados aparecem para as organizações.

Portanto, para se ter domínio sobre o futuro da sua organização e garantir sua Eficácia e Competitividade, é fundamental o questionamento e adaptabilidade de sua empresa ao meio ambiente através do plano estratégico, além da obrigatória presença das competências e da função de gerentes de projetos, únicos capazes de garantir a implementabilidade com sucesso.

Isto nos leva a concluir que o enorme interesse das organizações neste tipo de profissional, não se trata de um modismo, sempre passageiro, mas sim de uma real necessidade, cada vez mais demandada. Quanto mais instável e competitivo for o setor de negócio, maior a necessidade de mudanças, maior o número de projetos, maior o número de profissionais necessários para lidar com este ambiente de forma eficaz.

Fonte: Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas do Paraná

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